Apagão no Facebook foi erro interno e não ataque informático

O Facebook excluiu a hipótese de que o apagão mundial dos seus serviços durante seis horas na segunda-feira, 4, tenha sido causado por um ataque informático e o atribuiu a um erro técnico interno. Em um blog da empresa, o vice-presidente de Infraestruturas da rede social, Santosh Janardhan, afirmou que os serviços não ficaram inativos por atividade maliciosa. Foi por “um erro causado por nós próprios”, disse.

O apagão do Facebook e das suas plataformas Instagram, WhatsApp e Messenger começou por volta do meio-dia e deixou sem serviço milhões de pessoas em todo o planeta. Horas mais tarde, o próprio administrador e cofundador da rede social, Mark Zuckerberg, pediu desculpas, publicamente.

Segundo a empresa de Menlo Park, cidade da Califórnia, os esforços que têm sido feitos nos últimos anos para proteger os sistemas de possíveis ataques externos foram uma das causas que fizeram demorar o tempo de resposta ao problema.

“Acredito que se o preço a pagar por maior segurança do sistema no dia a dia é uma recuperação mais lenta dos serviços, vale a pena”, disse Santosh Janardhan no blog.

Telegram

A queda do Facebook e das demais aplicações levou o Telegram, um serviço de mensagens instantâneas (como o WhatsApp), a receber mais de 70 milhões de novas adesões, informou o fundador da rede, o russo Pavel Dourov.

O número de 70 milhões em apenas um dia levou Dourov a afirmar que foi “um aumento recorde no número de adesões” e que estava orgulhoso da equipe, que soube lidar com esse crescimento sem precedentes.

Na segunda-feira o serviço de mensagens Telegram passou de 56º para 5º lugar das aplicações gratuitas mais descarregadas nos Estados Unidos, segundo a empresa especializada SensorTower.

Fundado em 2013 pelos irmãos Pavel e Nikolai Dourov, que criaram anteriormente a popular rede social russa VKontakte, o Telegram disse que faz da segurança a sua prioridade e recusa-se geralmente a colaborar com as autoridades, o que levou a tentativas de bloqueio em alguns países, especialmente na Rússia.

Galvão

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