Guias de Turismo falam dos desafios da profissão em seu dia

O trabalho do guia de turismo tem objetivo de enriquecer a viagem do visitante, completando o destino e agregando valor aos passeios, que vão muito além das belezas naturais. As histórias, os personagens e curiosidades são temperos desses profissionais, que têm como função transformar um roteiro turístico em uma experiência única ao viajante.

A função do guia vai além do acompanhamento na viagem. Em geral, eles desenvolvem habilidades para atrair o turista como criatividade, comunicabilidade, conhecimento da realidade e das histórias locais, a paciência, o otimismo, a gentileza e ética.

Essas atribuições fazem parte da rotina da Ana Beatriz , presidente da Associação de Guias de Turismo de Petrópolis (AGP).
“A profissão de Guia de Turismo é a única regulamentada dentro da esfera do turismo nacional pela lei 8.623/93. Um dia me perguntaram qual é a nossa função e eu respondi: realizar sonhos! Na verdade, a função do guia de turismo é acompanhar e orientar os visitantes e turistas em suas viagens e passeios, passando informações pertinentes ao local de visitação, mas fazer o melhor para que eles saiam encantados e querendo voltar”, disse.

Ainda de acordo com Beatriz, apesar da legalização, ainda existe pouca valorização desse profissional no mercado turístico e os sindicatos estaduais e a Federação Nacional de Guias de Turismo tem trabalhado para mudar essa realidade. 

Segundo o Guia de Turismo e diretor de projetos do Convention Visitors Bureau de Niterói (Niterói CVB), Marcelo Rezende, com base no Cadastur, o Estado do Rio possui 8 mil Guias credenciados, ou seja, o Estado tem 1/3 de todos os Guias com credenciamento do Ministério do Turismo. 

“É a ponta de lança de operação. Não adianta o agente de viagem, o operador ter excelentes hotéis,  transportes, pacotes,  se não tiverem um profissional de Guia de Turismo qualificado e bem treinado “, observou.

Para Renato de Oliveira, Guia de Turismo de Nova Friburgo, há 20 anos, a fiscalização desse prestador de serviço no Brasil é deficitária. “O Ministério do Turismo e a Turisrio deveriam fiscalizar a pirataria no mercado. Existem muitas pessoas se passando por guias e isso prejudica a classe”, concluiu.