Especial – O Rio que deságua em Portugal: conheça as paisagens mais portuguesas no Rio de Janeiro

Especial – O Rio que deságua em Portugal: conheça as paisagens mais portuguesas no Rio de Janeiro


Rio de Janeiro foi descoberto pelos portugueses em 1º de janeiro de 1502, numa expedição exploratória – um dos primeiros estados a serem colonizados pelos portugueses em 1531. Em 1565, a cidade é fundada por Estácio de Sá, a segunda cidade fundada do Brasil (a primeira foi São Vicente-SP em 1532, por Martim Afonso de Souza).

Em 1807, a tempestade que se abateu em Lisboa conduziu a Família Real Portuguesa e sua legião de autoridades, nobres e militares às míticas terras do Novo Mundo – fugidos das tropas de Napoleão, os portugueses que aqui aportavam se deparavam com uma paisagem quase que surreal dos trópicos: calor em excesso, índios seminus, escravos achibatados em praça pública, entre outros achincalhes totalmente dispares da realidade europeia que presenciavam até então. 

Capital do império e da república até 1960, o Rio de Janeiro guarda em suas ruas e avenidas, prédios públicos e históricos, monumentos, praças e jardins que trazem semelhanças e inspirações de terras lusitanas. Um verdadeiro convite ao requinte e leveza de suas formas, de tendências inspiradas no barroco tardio europeu e no neoclassicismo. 

Isso sem contar com a herança cultural: as danças, procissões, quadrilhas, entrudo – o carioca pegou essas manifestações culturais portuguesas e misturou com os batuques e gingados africanos e transformou essa mistura na maior festa popular brasileira – o Carnaval

Muitas são as semelhanças da cidade do Rio de Janeiro com a cidade de Lisboa, por exemplo. Seja na disposição das ruas, fachadas das casas, os sobrados suburbanos, igrejas e conventos, o Rio de Janeiro se tornou a pequena Portugal, uma forma de manter viva a memória da terra mãe. 

Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé  

Endereço: Rua Sete de Setembro, 14 – Rio de Janeiro

A corte chegou trazendo celebrações até então vistas apenas na Europa, como a coroação do rei D. João VI e dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II. Nessa igreja, na antiga capela do Convento do Carmo, foi realizada a coroação do rei D. João VI de Portugal, após a morte de D. Maria I, em 1816, tornando-se a casa de despachos da corte. Nessa igreja, o futuro imperador D. Pedro I recebia a futura imperatriz D. Leopoldina da Áustria em 1817 como esposa e foi coroado como imperador em 1822. A Capela real ainda presenciou a coroação de D. Pedro II em 1831, aos 14 anos de idade. 

Paço Imperial 

Endereço: Praça Quinze de Novembro, 48 – Centro, Rio de Janeiro

O Dia do Fico, 09 de janeiro de 1822, marca a decisão de D. Pedro I em continuar no Brasil apesar das exigências de Portugal para que ele voltasse à Lisboa e assumisse o trono. Hoje o prédio conserva sua arquitetura original, sendo que a janela de onde o imperador fez a famosa declaração “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico” está escondida por uma cortina, sem nenhuma alusão ao fato. Uma tristeza, mas você pode vislumbrá-la na Sala do Dossel – a sétima janela da direita para a esquerda, no segundo andar. Na sala 13 de maio, onde a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea não conta com uma simples imagem alusiva à Redentora. O espaço do paço, infelizmente ficou restrito a ser um centro cultural vinculado ao IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sem nenhuma alusão ou exposição concernente ao período imperial brasileiro – uma lástima. Com sua área externa precariamente conservada e exposições de arte contemporânea, vale o passeio para registrar como a memória histórica brasileira é frágil…

Real Gabinete Português de Leitura

Rua Luís de Camões, nº 30 – Centro

181 anos de existência literária – o Real Gabinete Português de Leitura é a associação mais antiga criada pelos portugueses do Brasil após a independência em 1822, foi fundado pela Princesa Isabel em 1887. Sua arquitetura em   estilo neomanuelino encanta a todos pela suntuosidade de sua disposição. O acervo tem cerca de 350.000 volumes, com milhares de obras raras. Um espaço aberto ao público de todo o mundo, um centro de estudos e um polo de pesquisas literárias, dirigido e frequentado por professores e estudantes universitários. Acompanhe o álbum virtual

A Graça Lisboeta e a Santa Teresa Carioca

Como chegar: Metrô Linha 1, descer na estação Cinelândia – saia da estação seguindo as placas Acesso B – Av. República do Chile. A Estação do Bondinho está situada atrás do Prédio da Petrobrás, Rua Lélio Gama, 12 – Centro, Rio de Janeiro. Seg a Sex, de 6:30h as 16:15h; sábados de 8 às 18h. Passagem R$20,00 (ida e volta).

Inúmeras são as semelhanças entre o bairro Graça, em Lisboa, e o bairro Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Bairros repletos de casarões históricos, mercadinhos, quitandas, lojinhas retrôs e um ar interiorano. Os simpáticos bondinhos elétricos fazem o sobe e desce das ladeiras, com uma das mais belas vistas da cidade.  A gente bem que poderia estar falando de Santa Teresa, mas nos referimos ao bairro da Graça – bairro localizado acima da Alfama, ao lado de Castelo. Com ruelas calçadas de pedras, becos e cafés elegantes são excelentes para relaxar numa tarde preguiçosa – e os mirantes garantem suas melhores fotos – aprecie essas dicas na Santa Teresa carioca ou na Graça Lisboeta. 

Calçadão de Copacabana ou Praça do Rossio

Como chegar: Pegue o metrô linha 1 e desça nas Estações Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos ou Cantagalo ou qualquer ônibus escrito Copacabana (a partir da Av. Rio Branco, Centro)  

Quem passa pela Praça D. Pedro IV, também chamada pelo antigo nome Praça do Rossio, se encanta por essa que é uma das mais lindas praças de Lisboa. Palco de diversos acontecimentos importantes na história da cidade há mais de seis séculos, a praça já presenciou festivais, touradas, atos militares, os autos de fé da Inquisição e o terremoto de 1755. Foi reconstruída e, após a reforma pombalina, ganhou cafés, lojas e animação dos agitados lisboetas, num entra e sai da Estação de metrô do Rossio. Porém, o que ninguém acredita é ver a característica calçada padrão de ondas do mar, de pedras portuguesas em preto e branco, que inspirou o nosso famoso calçadão de Copacabana. Lá é chamado de Mar Negro, foi o primeiro desenho do tipo a decorar as calçadas de Lisboa, simbolizando o encontro do Rio Tejo com o Oceano Atlântico. A ideia do prefeito Paulo de Frontin, no início do século XX, foi de homenagear nossos colonizadores – O “Mar Largo” que emoldura a praia mais famosa do mundo, até hoje é o cartão de visitas do bairro e, porque não dizer, do Rio e do Brasil!

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Galvão

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