Prisão de traficante que se identificava como guia de turismo reacende discussão sobre fiscalização a ‘piratas’

Prisão de traficante que se identificava como guia de turismo reacende discussão sobre fiscalização a ‘piratas’

A prisão, ontem, 21, do traficante Gabriel Filgueira Chaves Pombo, conhecido como Canela, do Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio, reacendeu uma antiga discussão: a necessidade de maior fiscalização sobre os ‘piratas’ – guias de turismo sem formação e não credenciados.

Isso porque, Canela foi encontrado em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, trabalhando como guia de turismo. A notícia provocou a reação de profissionais do setor e também do Sindicato de Guias de Turismo do Rio (Sindegtur/RJ).

Segundo Fernando Baptista, presidente da entidade, o fato reacende a discussão sobre a necessidade de uma maior e mais rigorosa fiscalização nos municípios, através das secretarias de Turismo, sobre a atuação dos profissionais.

E Baptista (Foto) não está sozinho. Guia de turismo em Petrópolis, Raquel Neves diz que a falta de fiscalização prejudica não apenas à categoria, mas toda a cadeia do Turismo. 

“Isso é muito ruim, porque prejudica a imagem da categoria, da cidade. Enquanto o poder público – em todas as esferas – não perceber a importância da fiscalização, vamos continuar refém de situações como esta”, argumenta Raquel que é também turismóloga.

Rafael Cavalcante, guia de Turismo em Arraial do Cabo, concorda com ela e ainda destacou que os municípios precisam ter legislações próprias que regulamentem a fiscalização. “No caso de Arraial, ainda não temos”, resumiu.

Newton Sérgio, guia de turismo em Nova Friburgo, relatou ter recebido com espanto a notícia de São Pedro da Aldeia. Ele também citou que o caso reafirma a necessidade de fiscalização efetiva e mencionou a lei, de 1993, que regulamentou a profissão.

“Enquanto não houver fiscalização, casos como este vão acontecer novamente. Há muitos casos de pessoas que se passam por guias de turismo e conduzem excursões. Vale lembrar que a legislação prevê punição para o exercício ilegal da profissão”, frisou.

“Fica evidente a “banalização” da profissão guia de turismo, devido a falta de fiscalização contra ‘piratas’ e até mesmo contra indivíduos que exercem de forma leviana a função”, destaca Vanessa Brasil, guia de turismo em Duque de Caxias, que sugere ainda a criação de canais onde os profissionais possam fazer denúncias.

Com o entendimento unânime de profissionais com Cadastur, ou seja, formados e credenciados junto ao Ministério do Turismo, o sindicato estuda emitir uma nota oficial pontuando a necessidade de fiscalização nas cidades. “É fundamental o entendimento da importância do papel do guia de turismo no trade”, defendeu Fernando.

Galvão

Galvão

Um comentário em “Prisão de traficante que se identificava como guia de turismo reacende discussão sobre fiscalização a ‘piratas’

  1. Sobre as Tomarlas anual aà Aparecida do Norte. Conheço uma que faz jå mts anos e paren num Grall que jå ė conhecia e ainda vai com um crachå de Coordenadora de caravana e não ė. Como agimos com essas nas Romarias anual a Aparecida e na semana dela ? Ela fecha pousada e amiga onibus e vai nela e feliz para Aparecida colocando la frente do onibus a faixa escrito “Romaria” . Como isso ainda acontece ?

Comentários estão encerrado.