Cabo Frio recebe exposição científica sobre cultura afro-brasileira
Um encontro de “aprendizado e representatividade” pode ser a melhor maneira para resumir a exposição científica ‘Dia da Liberdade – Conexão Brasil+África’, evento gratuito que acontece em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, nesta quinta-feira, dia 4.
A mostra estará disponível a partir das 9h, na Casa de Cultura José de Dome, conhecido popularmente como Charitas. A iniciativa é uma realização municipal por meio da Secretaria Adjunta de Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Educação.
No mês passado, a África do Sul celebrou sua liberdade política após a instauração, em 1948, da segregação racial no país, o Apartheid, onde a sociedade sul-africana era dividida a partir da cor de pele.
Além disso, este mês de maio celebra em nosso país o dia em que o trabalho escravo foi abolido, em 1888. A abolição foi concluída por meio da Lei Áurea, também conhecida como Lei nº 3.353.
Para marcar a ocasião, a prefeitura preparou um encontro especial, com três conferências temáticas, são elas: ‘África, berço do mundo: os povos San na origem da humanidade’; ‘África: uma visão particular dentro do universo da formação de conhecimento na escola’ e ‘África: uma visão militante do cotidiano educativo’.
A primeira conferência será ministrada por Rafael Peçanha, enquanto a segunda será dirigida por Aline Santos, ex- coordenadora de Ensino de História Afro-Brasileira e Indígena, e atualmente dirigente da Escola Municipal Professor Zélio Jotha.
Já a terceira e última conferência ficará a cargo de Heliamar Reis, integrante da equipe da Projepro, da Secretaria Municipal de Educação, concluindo assim o cronograma do evento, previsto para terminar às 13h.
A Casa de Cultura José de Dome fica localizada na avenida Teixeira e Souza, nº 855, no Centro.
Tema principal
O Apartheid foi um regime político que se pautou na segregação racial e que esteve vigente na África do Sul de 1948 a 1994.
Esse sistema foi sustentado por um partido político de extrema-direita, o Partido Nacional.
Os direitos da população negra sul-africana foram gradativamente retirados para fomentar privilégios da minoria branca da população.
Esse regime estabeleceu a existência de quatro grupos raciais no país, fazendo com que a população negra vivesse em locais segregados, impedindo sua circulação e visitação a determinados espaços.
No começo da década de 1990, o então novo presidente sul-africano Frederik de Klerk realizou o processo de transição para o fim do Apartheid, encerrado oficialmente em 1994, quando eleições democráticas aconteceram no país.