LIRAa: índice de infestação de mosquito da dengue na cidade do Rio é de 0,66%
A última edição do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) constatou que a cidade do Rio se encontra em baixo risco para infestação do mosquito transmissor das arboviroses dengue, zika e chikungunya. Após vistoriar mais de 100 mil imóveis entre os dias 1º e 7 de outubro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) detectou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 0,66% no município do Rio. Quando o IIP é inferior a 1%, a classificação é “satisfatória”.
Realizado em todos os municípios do país, o LIRAa visa identificar depósitos com condições para a proliferação do Aedes aegypti, com coleta de larvas e análise de amostras do vetor em laboratório. Trata-se de uma importante ferramenta para o mapeamento das regiões da cidade onde o mosquito está presente, orientando a definição de estratégias para combate às arboviroses.
No LIRAa, o município é dividido em estratos (grupos) de 8,2 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes e, em cada um desses estratos, 20% dos imóveis são visitados pelos agentes de vigilância ambiental, que verificam possíveis focos de larvas do mosquito e os tipos de depósitos mais comuns em cada região.
– Esta edição do LIRAa é considerada a mais importante do ano em razão da proximidade com o verão. O fato de a cidade ter obtido classificação satisfatória é uma boa notícia, tendo em vista o aumento no número de casos registrados este ano, mas não podemos esquecer que ainda há regiões nas faixas de alerta e risco. Por isso, faço um apelo aos cariocas para que continuem tomando todos os cuidados necessários contra o surgimento de focos do Aedes aegypti – disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Mais de 103 mil imóveis foram inspecionados
Nesta edição do levantamento, 103.146 imóveis foram inspecionados nos 250 estratos do município. Desse total, 190 estratos apresentaram IIP “satisfatório”; 57 ficaram na faixa de “alerta”, com IIP entre 1% e 3,9%; e apenas três foram classificados como em nível de “risco”, com IIP superior a 3,9%. Os estratos na faixa de risco estão nos bairros de Santa Cruz, na Zona Oeste, e Bento Ribeiro, na Zona Norte, que terão reforço das ações da SMS-Rio para o controle do vetor.
O LIRAa também demonstrou que os criadouros de Aedes aegypti ocorrem, predominantemente, em residências e imóveis particulares. Na análise mais recente, 34% dos focos estavam em depósitos móveis como vasos/frascos com plantas, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros e objetos religiosos. Também se destacaram recipientes como tonéis, barris, tinas, filtros e cisternas, que corresponderam a 19% dos focos encontrados. A orientação para evitar a proliferação de mosquitos nesse tipo de recipiente é realizar a limpeza semanal com bucha ou esponja esfregando as paredes do recipiente pelo menos uma vez por semana.