Mãe denuncia atraso na contratação de mediador escolar

Mãe denuncia atraso na contratação de mediador escolar

Aluno ficou sem aulas por mais de uma semana

O início das aulas deste segundo semestre letivo na rede municipal, no último dia 30 de julho, marcou a volta dos estudantes à rotina dos estudos, mas não para todos. A mãe de um aluno que necessita de acompanhamento especializado denunciou, mais uma vez, enfrentou a frustração de ver seu filho afastado das aulas por falta de mediador. O problema, segundo ela, persiste pela terceira vez, sem que haja uma solução definitiva por parte da Prefeitura de Nova Friburgo. 

O filho dela estava sendo atendido por uma mediadora contratada, cujo vínculo temporário com a Secretaria Municipal de Educação foi encerrado antes da prefeitura providenciar um profissional concursado para substituí-la. Desde então, a criança, que depende desse suporte para seu desenvolvimento educacional, não consegue frequentar as aulas. “Já fazem oito dias que meu filho está novamente fora da escola, e isso atrapalha muito o seu desenvolvimento”, desabafou a mãe. 

Apesar de suas tentativas de solucionar a questão, o cenário permanece incerto. A mãe relata ainda que procurou a escola, a Secretaria Municipal de Educação e o setor responsável pela educação especial, mas até o momento nenhuma medida efetiva foi tomada. “As responsáveis pelo setor de educação especial me disseram que iam chamar os concursados e que estavam tentando dobrar com outros funcionários, mas não houve avanço”, conta a mãe. 

O problema não é novo. A mulher revela que esta é a terceira vez que seu filho fica sem mediador, o que tem prejudicado não só sua aprendizagem, mas também seu desenvolvimento geral. “Sempre ouvimos que agora vai melhorar e que esse tormento vai acabar, mas isso não está acontecendo”, lamenta. 

A situação levanta questões sobre a eficiência da gestão pública em garantir o direito à educação para todos, especialmente para alunos com necessidades especiais. A lei garante que esses estudantes tenham o suporte necessário para seu pleno desenvolvimento educacional, mas a falha na contratação de mediadores coloca esse direito em risco. A mãe espera que, desta vez, as promessas de melhora sejam cumpridas e que seu filho possa voltar às aulas o mais rápido possível.

O que diz a prefeitura

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação, esclareceu que “não mede esforços para atender aos estudantes público-alvo da educação. O quantitativo de estudantes com deficiência na rede de ensino é irresoluto, visto que, ao longo do ano letivo, são identificados novos casos em alunos que estão matriculados na rede de ensino. Além disso, frequentemente a pasta recebe novas matrículas de alunos com deficiência, através do sistema online. Até a presente data, já foram feitos oito chamamentos para que os candidatos aprovados para o cargo em concurso público passassem pela entrega de documentos para o processo admissional, além de seis editais de posse.” 

A nota informa ainda que “no momento, aproximadamente 465 servidores atuam como profissionais de apoio escolar no município. A respeito de novas convocações para o cargo de profissional de apoio escolar, a prefeitura aguarda levantamento que está sendo realizado pela Secretaria Municipal de Recursos Humanos, com as vagas remanescentes de candidatos desclassificados, desistentes ou com pedidos de prorrogação de posse.”

Galvão

Galvão