Preocupação com o meio ambiente também é coisa de criança
Nova Friburgo faz parte do cinturão verde de produção de hortaliças, junto a outros municípios serranos que abastecem todo o estado, além de figurar como o segundo maior produtora de flores do Brasil. Nesse contexto de produção, há uma grande incidência de utilização de adubos químicos sintéticos e outros tipos de produtos que prejudicam não só a natureza, mas a saúde dos seres humanos. Exatamente nas regiões produtoras, Salinas e Vargem Alta, estão as escolas administradas pelo Ibelga, o Instituto Bélgica-Nova Friburgo, voltadas ao ensino agrícola e que adotam o sistema de alternância.
“Nossas crianças aprendem que o trabalho do agricultor é de valor e respeito, que o meio ambiente precisa ser trabalhado com respeito, que a produção tem que ser fruto do cuidado do homem com o meio ambiente”, explica a assessora pedagógica regional do Ibelga, Marília da Costa Mello Bueno. Na unidade, os alunos aprendem técnicas voltadas para a área ambiental, mais especificamente para o manejo sustentável dos recursos naturais, como agroecologia, agricultura orgânica e sistemas agroflorestais.
“Estamos implementando uma unidade demonstrativa de sistema agroflorestal em uma área da escola, que têm como objetivo o manejo sustentável do solo e conciliar a produção florestal com a produção de alimentos. Iniciamos canteiros em linhas, com plantio de espécies nativas da Mata Atlântica florestais e frutíferas, consorciadas com bananeiras e outras espécies de “roça”, como milho e feijão. Em uma mesma linha há ainda espécies como abóbora, inhame e açafrão”, explica a professora de técnicas agropecuárias da Instituição, Maria Clara Estoducto Pinto
De acordo com Maria Clara, as escolas do Ibelga são espaços de vivências teóricas e práticas, onde os estudantes compartilham seus saberes advindos de suas realidades e também levam os conhecimentos adquiridos na escola para seus familiares e sua comunidade. “Nosso papel enquanto educadores da instituição, é promover o incentivo às práticas agrícolas que não sejam nocivas para a saúde do Planeta”, finaliza.
A Voz da Serra