O Rio tem Pressa!

O Rio tem Pressa!

Daniel Galvão é jornalista credenciado pelas federações Nacional e Internacional de Jornalistas, diretor do Portal Rota Rio e presidente do Rio das Ostras Convention Bureau.

“ORio de Janeiro tem vocação turística”. Provavelmente você já tenha escutado essa frase inúmeras vezes. Mas, só vocação é responsável pela vinda dos turistas e do crescimento da economia? A reposta é simples: NÃO.

Para que a atividade econômica do turismo gere resultados para as cidades é necessário planejamento e a execução de algumas medidas. Recentemente, o Governo Federal liberou o visto para americanos, canadenses, japoneses e australianos. 

A importância dessa medida é inequívoca. Os países que adotaram esse posicionamento tiveram a resposta em números. A plataforma de viagens KAYAK, nos primeiros dias após a decisao do governo brasileiro, apresentou um aumento significativo na procura pelo Brasil: australianos 36%, americanos 31%, canadenses 19% e japoneses 4%. 

A Organização Mundial do Turismo (OMT) afirma que a adoção dessas políticas de facilitação de vistos proporcionarão um aumento no número de chegadas de turistas, ao longo de três anos, médio de 5 % a 25 % ao ano.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro necessita fazer a sua parte. Aliás, já deveria ter feito! O Rio precisa retomar o seu posto de vanguarda nas medidas do setor. 

São Paulo tem estado bem à frente. Desde 1 de abril, o ICMS sobre a querosene da aviação, por exemplo, caiu de 25% para 12% representando de R$ 200 milhões a R$ 316 milhões a menos na arrecadação , seja de forma direta ou indireta.

Ocorre que com essa medida São Paulo pretende atrair a maior quantidade de low costs, aumentando a malha e fortalecendo como principal hub da América Latina. Além disso, as companhias aéreas se comprometem a criar um fundo para promoção do Estado. 

E o Rio? Bem… A alíquota da QAV – querosene da aviação – já é de 12 %.  Entretanto, o Estado tem perdido voos para São Paulo e para o Nordeste.  Um bom contra-ataque seria a diminuição para 7% da alíquota e a apresentação de uma proposta para que as campanhas aéreas criem um fundo de promoção para o Estado visando a maior divulgação de destinos como Búzios, Paraty, Arraial do Cabo, Macaé, Petrópolis, entre outros. 

Para o Rio de Janeiro, as medidas são primordiais para o desenvolvimento do interior do Estado, pois – além do turismo – poderão fortalecer os aeroportos de Cabo Frio e Macaé e o consequente desenvolvimento em outros setores, como da indústria de óleo e gás.

E, apenas para lembrar, já estamos no quarto mês do novo Governo.

O Rio tem pressa!

Galvão

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