Caso de meningite foi confirmado em Teresópolis

Um caso de meningite foi confirmado nessa quinta-feira, dia 23, pela Secretaria Municipal de Saúde de Teresópolis, na Região Serrana do Rio.

O paciente, de 22 anos de idade, segue internado no Hospital das Clínicas de Teresópolis, isolado e em monitoramento.

A Prefeitura de Teresópolis, através da Secretaria de Saúde, informou que o jovem deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) na última segunda-feira, 20, e foi transferido para unidade hospitalar no dia seguinte, na terça.

Segundo a secretaria, o paciente apresentou os seguintes sintomas: “processo infeccioso, com acometimento do sistema nervoso”.

O município informou que todos os exames foram realizados para esclarecer o diagnóstico possível e mais provável para o caso do paciente. A Secretaria de Saúde acrescentou que foram incluídos exames hematológicos, de imagem e punção lombar:

Há resultado já liberado de parte dos exames do paciente. Quanto ao liquor, há resultados parciais e culturas que demoram até 72 horas, no mínimo, para se obter resultados e amparar, com isso, o diagnóstico etiológico para o caso.

A prefeitura informou que os parentes dele já foram contatados e orientados pela UPA, pela unidade hospitalar e também pela Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Como todo processo infeccioso, o quadro clínico é reservado com bom prognóstico. Na unidade hospitalar, o paciente está sendo adequadamente acompanhado e tratado.

A secretaria esclareceu que, do ponto de vista epidemiológico, não há histórico de contato com pessoas ou casos familiares:

 Não há nenhum outro caso suspeito atualmente sendo monitorado no município.

E a pasta ainda pontuou:

Não houve nenhum caso confirmado entre janeiro e março de 2023.

Para prevenir a doença existem vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde da cidade. A Secretaria Municipal de Saúde disse que estão disponíveis em todas as unidades de saúde do município as seguintes vacinas:

• Vacina meningocócica C (conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. Deve ser aplicada aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 12 meses de idade.

• Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. A primeira dose deve ser aplicada aos 2 meses de idade, a segunda dose aos 4 meses de idade, e uma dose de reforço aos 12 meses de idade ou até os 4 anos de idade.
• Vacina meningocócica ACWY (conjugada): também conhecida como vacina conjugada quadrivalente, protege contra os quatro sorogrupos de meningococos responsáveis pelas doenças meningocócicas: A, C, W e Y. Deve ser aplicada uma dose para adolescentes de 11 e 12 anos de idade.
• Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. O esquema básico corresponde a 3 doses, administradas aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. São necessárias, ainda, doses de reforço com a vacina DTP aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

Sobre a doença

De acordo com o Ministério da Saúde, a meningite é considerada uma doença endêmica no Brasil.

Casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais.

A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno e das virais na primavera-verão.

O sexo masculino também é o mais acometido pela doença.

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

Causas

A doença pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. As meningites virais e bacterianas são as de maior importância para a saúde pública, considerando a magnitude de sua ocorrência e o potencial de produzir surtos.

Apesar de ser habitualmente causada por microrganismos, a meningite também pode ter origem em processos inflamatórios, como câncer (metástases para meninges), lúpus, reação a algumas drogas, traumatismo craniano e cirurgias cerebrais.