Com apoio do Governo do Rio, Bolsa Atleta RJ tem representantes com chances de medalhas nas Olimpíadas de Paris

Com apoio do Governo do Rio, Bolsa Atleta RJ tem representantes com chances de medalhas nas Olimpíadas de Paris

Campeã olímpica e mundial, Rafaela Silva (judô), Marcus D’Almeida (tiro com arco), e Ygor Coelho (badminton) são destaques do programa

As trajetórias de Rafaela Silva (judô), Marcus D’Almeida (tiro com arco) e Ygor Coelho (badminton) é prova de que o esporte é uma valiosa ferramenta de inclusão e transformação social, capaz de mudar vidas. Eles fazem parte do programa Bolsa Atleta RJ, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer, e vão representar o Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024.– É com muito orgulho que teremos esses representantes do Estado do Rio em Paris. O Bolsa Atleta RJ é um excelente mecanismo para o incentivo e fomento ao esporte, especialmente para que atletas possam se dedicar aos treinos, contribuindo para o desempenho profissional, social e familiar. Além disso, o programa contribui para deixar um legado nacional para as futuras gerações. Estaremos aqui torcendo por todos – ressaltou o governador Cláudio Castro.

Nascida na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, Rafaela Silva é um exemplo ativo e fonte de inspiração para outros beneficiados por projetos sociais incentivados pelo Governo do Rio. Com oito anos, ela começou a praticar judô no Instituto Reação, ONG criada pelo ex-judoca Flávio Canto. Desde então, perdeu a conta de quantas oponentes levou ao chão no tatame. Primeira brasileira a conquistar medalha de ouro em Mundial de Judô (2013) e em Olimpíadas (Rio 2016), ela é reconhecida por onde passa. Aos 32 anos, mira o lugar mais alto no pódio em Paris 2024.

– Eu não conhecia a arte marcial, mas me apaixonei rapidamente pelo judô, pela parte competitiva do esporte. E pelo que eu faço no tatame virei uma referência. Desde então, tenho conseguido inspirar outras pessoas. Assim como o judô transformou a minha vida, espero continuar a inspirar e motivar outras crianças e jovens a mudarem de vida também. É muito gratificante – destacou Rafaela Silva.

Em abril deste ano, Rafaela foi campeã do Campeonato Pan-Americano e da Oceania de Judô, realizado no Rio, ao vencer a canadense Christa Deguchi, atual campeã mundial e número um do mundo. Atualmente, Rafaela ocupa o sexto lugar no ranking mundial e disputa lugar entre os cabeças de chave na França, na categoria até 57kg.

– O Bolsa Atleta RJ é um programa abrangente, que democratiza o acesso ao esporte e apoia atletas talentosos em busca do alto rendimento. Ao ter atletas competindo em níveis de excelência, como os Jogos Olímpicos, o programa estimula jovens e a sociedade a buscar oportunidades no esporte. É um programa amplo, democrático e que promove hábitos saudáveis, investindo em várias modalidades. Apoiar atletas de alto nível mostra que o trabalho bem feito pode alcançar o sucesso máximo e estimular mais pessoas – disse o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.Uma nova história com o Bolsa Atleta RJ

O Bolsa Atleta RJ não tem fronteira. A premissa é apoiar, incentivar e fomentar o desenvolvimento do desporto e do paradesporto em todo o estado, com foco na base para revelar novos prodígios como Marcus D’Almeida. De Maricá, Região Metropolitana do Rio, o arqueiro, de 26 anos, chega a Paris com status de favorito ao pódio. Número 1 do mundo no tiro com arco, o atleta ainda comemora a conquista que considera a maior da carreira – a Final da Copa do Mundo, disputada no México, em agosto de 2023.

Eleito o melhor atleta masculino do país no Prêmio Brasil Olímpico, do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o arqueiro apelidado de “Robin Hood Brasileiro” tem consciência de que “grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Aos 26 anos, ele encabeça a lista de favoritos, com um único alvo na mira.

– Ano de Olimpíada é o mais importante para nós, atletas. E ter o apoio do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Bolsa Atleta, é fundamental, pois podemos focar apenas na preparação. Esse apoio é crucial, principalmente em ano olímpico, que exige muito trabalho. Então, o atleta hoje que tem apoio do programa, tem tranquilidade para trabalhar e treinar. Por isso, me preparei muito para fazer o melhor em Paris – destacou Marcus.

Prodígio na modalidade, Marcus conquistou três medalhas de ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2014 e, no mesmo ano, foi vice-campeão da Copa do Mundo, na Suíça, quando tinha apenas 16 anos. O atleta fluminense repetiu o desempenho no Mundial de 2021 e ficou com a medalha de bronze no torneio disputado em 2023, em Berlim, debaixo de muita chuva. Às vésperas da terceira Olimpíada, ele chega forte à disputa de arco recurvo.

Marcus vive em Maricá, município que abriga o Centro de Treinamento da Seleção Brasileira de Tiro com Arco, e é um dos com 538 atletas ativos no Bolsa Atleta RJ, programa gerido pela Secretaria de Esporte e Lazer, que concede apoio contínuo a atletas de diferentes categorias, com valores que variam de R$ 500 a R$ 5 mil, de acordo com pré-requisitos do edital.Talento no badminton em comunidade do Rio

Da comunidade da Chacrinha para o mundo. A história de Ygor Coelho tem influenciado positivamente não apenas os moradores do local, mas milhares de entusiastas de badminton. Da Associação Miratus, ONG criada por seu pai, Sebastião Coelho, nasceu o projeto que garantiu a estreia olímpica do Brasil e de Ygor nos Jogos do Rio 2016.

– É com grande satisfação que celebrei a vaga nas Olimpíadas de Paris. Sou grato ao programa Bolsa Atleta. E não apenas por me ajudar, mas também a outros atletas a realizarem sonhos. Tem campeão mundial, sul-americano, nacional. Agradeço ao Governo do Estado por todo o trabalho que tem feito pelo esporte do Rio de Janeiro – destacou Ygor.

Após apresentar a modalidade para milhões de brasileiros há oito anos, Ygor quer continuar a fazer história em Paris. Embora tenha passado em branco nas Olimpíadas do Rio 2016, ele conquistou o carinho na arquibancada do Riocentro e levantou os torcedores nos dois jogos que disputou. No Pan-Americano de Lima 2019, faturou a inédita medalha de ouro para o país, mas, em Tóquio 2020, foi eliminado na primeira fase com uma vitória e uma derrota. Número 48 do Ranking Olímpico, Ygor foi beneficiado pela regra que limita o número de vagas aos Comitês Olímpicos Nacionais (CONs).

Galvão

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