Halo solar encantou moradores de São Pedro da Serra 

Halo solar encantou moradores de São Pedro da Serra 

No último domingo, 28, um halo solar surpreendeu os moradores do distrito de São Pedro da Serra e foi registrado pelo fotógrafo Cláudio Rodrigues Gaspary. O fenômeno óptico é formado pela interação dos raios solares com cristais de gelo suspensos no alto da atmosfera terrestre. Ele é caracterizado como um círculo luminoso branco ou colorido ao redor do Sol — ou até mesmo, da Lua, no caso do halo lunar.

Para entender como se forma um halo solar, é importante saber algumas características da luz, como a sua refração provocada por objetos translúcidos, como os cristais de gelo. É essa dinâmica que produz esse e outros fenômenos ópticos, embora cada um dependa de características específicas.

Como se forma

A mais de 17 quilômetros de altitude, na troposfera, pequenos cristais de gelo cilíndricos com cinco lados, normalmente formados a partir de nuvens do tipo cirrus. Eles atuam como verdadeiros prismas mudando a velocidade e direção da luz — processo conhecido como refração.

Quando os raios solares atravessam os cristais de gelo, a luz branca é decomposta nas cores primárias — as mesmas de um arco-íris. Nesses cristais hexagonais, que não passam de 20,5 micrômetros de diâmetro, a luz é refratada duas vezes: ao entrar e sair do objeto.

Essas duas refrações produzem um halo luminoso a 22 graus de distância do Sol para quem observa o fenômeno. O halo solar é bem mais comum de ocorrer do que um arco-íris, pois a configuração dos elementos envolvidos nele são mais simples.

O arco-íris, além de ser produzido pela refração da luz em gotículas de chuva (enquanto elas caem), só é visível quando o observador está posicionado entre a chuva (ou qualquer outra fonte de partículas de água) e o Sol.

Vale destacar que a luz refratada é dispersa em todas as direções, mas o halo só é observado no círculo visual onde esses raios se concentram em relação aos olhos do observador.

Galvão

Galvão