Prefeitura de Niterói altera projeto de ciclovia da Orla de Piratininga a pedido de moradores
A Coordenadoria Niterói de Bicicleta e a Secretaria Municipal de Obras, após novas reuniões e processos de escuta com moradores e representantes de associações de Piratininga, farão uma alteração no projeto da ciclovia da orla do bairro. Com isso, o novo traçado da faixa exclusiva para ciclistas passará a contornar as áreas das seis praças ao longo do calçadão.
O projeto da ciclovia da orla de Piratininga faz parte do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO Sustentável) e integra o Sistema Cicloviário da Região Oceânica, cujas obras tiveram início em maio de 2021. Nessa primeira etapa, a iniciativa contemplará um total de 21,75 Km, sendo 14 Km de novas rotas cicláveis e 7,75 Km de requalificação das rotas já existentes. Após a conclusão das intervenções, será possível usar a bicicleta para fazer o percurso entre a Região Oceânica e o Centro de Niterói.
Responsável pela Coordenadoria Niterói de Bicicleta, Filipe Simões explica que, no projeto apresentado, as obras da ciclovia da Praia de Piratininga tinham previsão de integração com as praças, visando a sincronia dos usuários nestes espaços de forma segura e evitando desvios no trajeto da ciclovia. Após o início das obras, no entanto, de acordo com ele, a equipe técnica começou a receber sugestões apresentadas por parte de moradores que apontavam a alteração do projeto buscando o deslocamento da ciclovia para o limite externo das praças. E, após avaliação da equipe técnica, a demanda foi atendida.
“O novo projeto de articulação da ciclovia da Praia de Piratininga às praças da orla atende à demanda de moradores que se demonstraram favoráveis à manutenção da área de lazer integrada ao calçadão. Desta forma, a ciclovia circundará as praças no mesmo nível do asfalto, realizando curvas adequadas à circulação direta, segregada e confortável dos ciclistas. Serão ampliados os locais de travessias de pedestres com implantação de faixas de travessia e rampas de acessibilidade. O fluxo de automóveis ao redor da praça também será ordenado de forma a evitar o estacionamento em local irregular e aumentar a fluidez dos veículos”, afirma.
De acordo com Filipe, é importante destacar que os dois projetos, tanto o anterior quanto este com a alteração proposta, apresentam o desenho adaptado para receber a ciclovia com segurança para os frequentadores e o melhor ordenamento do fluxo de ciclistas nestas áreas.
“Todas as etapas do processo de planejamento do projeto contaram com reuniões participativas. Desde o fim de 2018 e ao longo de 2019 aconteceram, pelo menos, seis reuniões em cada uma das áreas da Região Oceânica, para discussão e validação das propostas. E, em 2021, o diálogo permaneceu. O projeto que está sendo executado ao longo da orla é resultado do conjunto das demandas dos moradores e do trabalho de consultores especialistas contratados pela Prefeitura de Niterói”, lembrou Filipe Simões.
Acessibilidade – Todos os projetos do Sistema Cicloviário da Região Oceânica irão trazer, além da infraestrutura cicloviária, melhorias nas condições de acessibilidade. A Secretaria Municipal de Acessibilidade participou da avaliação e elaboração dos projetos com base nas melhores práticas e normas técnicas.
A Praia de Piratininga e a Avenida Acúrcio Torres, por exemplo, ganharão rampas de acessibilidade, melhorias no pavimento e faixas de pedestre em todas as esquinas. A Ciclovia de Piratininga vai melhorar condições de acessibilidade para todos os moradores do bairro. No total, serão 165 novas travessias e 325 novas rampas, somente neste primeiro lote da obra, sendo 76 rampas e 21 travessias ao longo da orla de Piratininga.
Estacionamento – A Coordenadoria Niterói de Bicicleta explica que o projeto para a implantação da ciclovia em Piratininga tem o menor impacto na disponibilidade de vagas na orla. Serão mantidas 76% das vagas disponíveis, o que representa um total de 589 vagas.
Vale ressaltar que as vagas de estacionamento nas vias transversais à orla serão ordenadas, demarcadas e haverá fiscalização intensificada nos períodos de maior demanda como o verão, quando a Prefeitura de Niterói já realiza a Operação Verão.
Rolerzão – O projeto que recebeu o nome de “Rolerzão”, criado para o uso de bicicleta, patins, entre outras atividades, com o fechamento de um trecho da pista da orla nos fins de semana, em horário determinado, ganhará um espaço melhor e mais organizado, sendo mais um atrativo com este projeto de requalificação.
“No que diz respeito aos quiosques, a projeção é que o movimento irá aumentar. Todos os estudos nacionais e internacionais apontam que a implantação de ciclovias e o maior fluxo de ciclistas são benéficos ao comércio local, visto que o ciclista pára com muito mais frequência para consumir”, pontua Filipe.
Mais sobre o projeto – As obras de implantação da primeira etapa do sistema cicloviário da Região Oceânica, que terá 21 quilômetros de extensão, estão em andamento. Este primeiro lote contempla as áreas da Almirante Tamandaré, no trecho entre a prainha de Piratininga até a rotatória da entrada de Camboinhas, passando por toda a orla de Piratininga e a Avenida Acúrcio Torres.
A Avenida Irene Lopes Sodré, no Engenho do Mato, também será beneficiada nesta fase de intervenções. Ao todo, serão implantados 60 quilômetros, que contarão com ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas.
Após a conclusão das obras deste primeiro lote, serão licitadas as subsequentes, incluindo mais uma etapa de infraestrutura cicloviária, a requalificação urbana da Avenida Almirante Tamandaré no trecho entre o Trevo de Camboinhas e o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp).
Também serão licitadas a instalação de paraciclos e bicicletários fechados nos mesmos moldes do bicicletário Araribóia, que serão instalados ao longo do trajeto dos ônibus da TransOceânica, a sinalização direcional e informativa e o sistema de monitoramento.
Com esta ampliação da malha cicloviária, Niterói, que atualmente tem 45 quilômetros de vias cicláveis, irá ultrapassar os 100 quilômetros. O projeto irá proporcionar mais segurança para quem pedala e trazer mais ciclistas para a Região Oceânica. CompartilharFacebookTwitterLinkedinCompartilhar via e-mailImprimir